A Retórica, que constituiu na Antiguidade, uma arte e uma ciência, e que, durante muito tempo, foi disciplina estudada nas universidades, diz respeito à ordenação e condução do discurso de forma a obter um determinado efeito, recorrendo a um conjunto de recursos (tropos, ou figuras de pensamento, figuras do discurso e os jogos fonéticos).
A retórica teve particular importância na oratória, onde a eloquência, não se bastando a si própria, era estrategicamente orientada para a obtenção de um pretendido efeito persuasivo.
Com o Romantismo, a artificialidade da retórica e a sua engenharia de pompa e circunstância, foi substituída por uma retórica da sinceridade e da espontaneidade (que, por isso, pretendia ser uma anti-retórica) e, a partir daí, foi progressivamente designando, numa acepção corrente, um discurso vazio e ineficaz – e o próprio termo ganhou uma conotação pejorativa.
Contudo, a retórica — uma certa retórica — estará sempre presente no discurso de quem fala ou de quem escreve.
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