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Escritor moralista português, de seu nome completo Matias Aires Ramos da Silva d’Eça, fez seus estudos no colégio jesuíta de Santo Antão. Frequentou a Universidade de Coimbra e viveu em França, estudando Direito, Física e Matemática. Foi provedor da Casa da Moeda entre 1743 e 1761. A sua obra principal intitula-se Reflexões sobre a Vaidade dos Homens, publicada em 1752 (novas edições em 1761, 1778 e 1786), onde patenteia uma intenção moralística e que, segundo Jacinto do Prado Coelho, é uma obra «notável pela argúcia psicológica e pelo estilo, bem ritmado, oratório, de traça barroca, destila uma visão pessimista do Homem, incapaz de conhecimento objectivo e definitivo, porque tudo o engana — o amor-próprio, a imaginação, os sentidos — e tudo é constante alteração, incluindo ele próprio. Matias Aires denuncia com vigor os preconceitos tradicionais, como a nobreza de sangue, mera invenção da «vaidade», e põe a nu a vacuidade do saber verbalista. Além desta, compôs também a obra Problema de Arquitetura Civil, motivada pelo terramoto de Lisboa de 1755 e publicada postumamente em 1777.

São Paulo, 1705 – Lisboa, 1763

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